Tão longe quanto possível
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Tão longe quanto possível reúne as expectativas de três protagonistas James, William e Charles — durante a sua juventude, na cidade de Blackpool. Apesar de poderem ser lidos individualmente, a disposição dos vários textos, bem como a sobreposição dos mesmos temas, personagens ou locais, sugere a possibilidade de os integrar numa única narrativa. O hiato que separa cada um dos textos acaba também por adquirir uma importância inesperada, retratando a forma um pouco desconexa como a memória selecciona determinados eventos.
Diogo Fernandes nasceu em Lisboa, no ano da graça de nosso Senhor de mil nove e oitenta e oito. Formou-se em Estudos Portugueses, na Universidade Nova de Lisboa, onde completou o seu mestrado sobre a mais fascinante obra de poesia do século XX português, Jeremias o Louco, de José Agostinho Baptista. Fez, por uns tempos, investigação em Literatura Medieval, relendo infindavelmente os Cancioneiros, e em Literatura Portuguesa do século XX, junto do espólio de José de Almada Negreiros ou nos mais escuros recantos da Biblioteca Nacional de Portugal, mas acabou por dedicar o fim dos seus dias ao estudo do conto de autor, sobre o qual publicou alguns artigos, quando não o pôde evitar. Pelo caminho traduziu Vicente Huidobro e Gabriela Mistral, enquanto não teve forças para traduzir toda a América Latina. Publicou um livro de poesia e outro de contos, que considera os seus melhores trabalhos dentro de uma triologia cujo terceiro volume continua por terminar. Diz-se que nunca saiu da Praça de Espanha, mas conheceu o opróbrio na noite de Lisboa e defronte das estantes da FNAC.